sábado, 3 de julho de 2010

A copa do mundo não é nossa

“A copa do mundo é nossa”, ou pelo menos durante cinco vezes. Voltando depois de uma pequena pausa de um mês e meio, estou voltando às atualizações do blog.
            Enfim vamos falar de copa do mundo, na verdade o texto era sobre as ditas vuvuzelas, mas com a eliminação do Brasil pelos nossos queridos laranjinhas da Holanda, não pude deixar de postar minhas diversas percepções do meu querido povo e seu amor por um esporte de dois times de 11 jogadores cada, que tentam fazer uma bola entrar em uma baliza de 2,44 metros de altura por 7,32 metros de largura, pertencente ao time adversário em um campo de 100 e 110 metros de comprimento por 64 e 75 metros de largura, tendo várias regras com a finalidade de criar barreiras para dificultar ação do jogador, como a proibição do porte de armas em campo (beijos a torcida corintiana).
            Quem fica encarregado de fazer com que as regras sejam cumpridas é o juiz, popularmente conhecido como filho da p..., e seus auxiliares que tentam indicar onde os aviões devem pousar (por sorte até hoje não conseguiram).
            Como é perceptível nem todos têm um conhecimento grande de futebol, então qual é o motivo de amar uma coisa em que a cada segundo você tem que perguntar o que está acontecendo (você provavelmente já observou, vez ou viu algum programa humorístico retratando tal situação).
            Enfim o futebol é o espetáculo que gera uma paralisação mundial de quatro em quatro anos, que nos faz rir e chorar. Movimenta uma economia violenta (tendo esse ano os vendedores de cornetas ganharem mais), e alguns dizem que é possível até influenciar nas eleições (o careca do Serra lembra a Jabulani e a Dilma lembra o jogo do Brasil no segundo tempo contra a Holanda).
            A boa verdade é que gritamos juntos e choramos juntos, a má verdade é que isso acontece de quatro em quatro anos, se queremos torcer pelo nosso país deveríamos começar aprendendo a cantar o hino nacional, e a respeitar a cultura em que vivemos.
            Como andarilho, posso dizer que não existe época mais curiosa para se fazer “andanças”, antes dos jogos podemos ver como espécies de animais torcedores corneteando para avisar sua presença e chamar os seu semelhantes que trajam suas cores como forma de imposição para mostrar que eles realmente vão comandar aquela área.
Na hora do jogo longe de bares e lugares com telão grande, um grande e triunfal deserto se forma, dando a idéia de tocaia esperando o sinal, a raça humana só é perceptível por vozes vindas de paredes por um lance ou outro, mas a partir do gol a guerra se inicia com grandes urros e bombardeios vindos de todas as direções lutando contra algo que nem eles mesmos sabem o que é.
Ao fim da partida os combatentes do vácuo terminam sua luta e eles retornam felizes as suas residências, cumprimentando seus iguais.

E como se entoassem trombetas apocalípticas, seguem Dante e Virgílio seu curso assombrado no inferno.”
Divina Comédia – descrição das vuvuzelas no inferno

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